Quando olhamos o espelho pensamos em Narciso
deslumbrado com a própria beleza. O espelho é a janela de passagem entre
aparência e essência numa representação ilusória e não pode ser atravessado
porque reflete a verdade. Enquanto a fotografia congela o momento passado, o
espelho não aceita fazer a transformação do presente em passado porque ele
evoca o encontro de si mesmo conciliando os contrários. O espelho nos
convida a sair do imaginário e mostra a consciência do mundo visível ao colocar
essência e aparência dos valores da realidade.