Quantos presos neste instante
estão cruzando o corredor frio e cinzento de uma insólita prisão no mundo? Quantas
vezes o justo pagou pelo pecador ou pelo injustificável? Quantas almas já foram
tiradas do mar da inocência sem direito a devolução? E se a pele for negra? A
condição social for paupérrima? E se for desprovido dos seus direitos? Quantos?
Quantos?
"Não dá para esquecer o que tem no coração."
"Ele as matou por causa
do amor, do amor uma pela outra. Agora você sabe como. É assim todos os
dias. É assim em todo o mundo."
Em
plena depressão americana dos anos 30, Stephen King proporcionou o encontro
entre John Coffey e Paul Edgecombe. E, se fosse entre mim e você no lugar deles
em plena era tecnológica do século 21, na mesma situação, o que me diria sobre
o justo pagando pelo pecador? Será que você me ouviria ou simplesmente usaria o ato de ignorar minhas suplicas? O livro "À espera de um milagre" aborda temas que ainda são perpetuados nos dias atuais através do senso comum.
Paul Edgecombe, já idoso relembra no asilo das experiências na penitenciária de Cold Mountain e das diversas histórias do corredor da morte, até conhecer John em 1932. A morte das gêmeas Detterick e a condenação de John trouxe a reflexão de debater até onde podemos interferir nos mistérios de Deus e ter a consciência do dever cumprido ao ver um prisioneiro morrer pelas próprias mãos por ser culpado de um crime e ainda por ser negro.
“E você... Você também vai morrer. E minha maldição é saber que vou estar lá pra ver. É minha expiação, entende? É minha punição por deixar John Coffey ser eletrocutado. Por matar um milagre de Deus."
Paul Edgecombe, já idoso relembra no asilo das experiências na penitenciária de Cold Mountain e das diversas histórias do corredor da morte, até conhecer John em 1932. A morte das gêmeas Detterick e a condenação de John trouxe a reflexão de debater até onde podemos interferir nos mistérios de Deus e ter a consciência do dever cumprido ao ver um prisioneiro morrer pelas próprias mãos por ser culpado de um crime e ainda por ser negro.
“E você... Você também vai morrer. E minha maldição é saber que vou estar lá pra ver. É minha expiação, entende? É minha punição por deixar John Coffey ser eletrocutado. Por matar um milagre de Deus."
Todos os dias, de alguma
forma alguém mata o milagre de Deus, seja ele por recusar o verdadeiro amor, ou simplesmente por ignorar a verdade, assim como também assassina a inocência através do julgamento e da condenação sem dar o direito a uma defesa justa.