Friday, November 30, 2012

ETICAMENTE CORRETO

Quando me refiro à questão eticamente correto, estou referindo-me na conciliação da fé e a razão, a primeira pertencente ao amor de Deus e a segunda na minha própria visão do que pode e o que não pode ser aceito por Ele para o aprimoramento da conduta moral do homem. Mas, às vezes eu realmente gostaria de entender o que passava na mente dos filósofos quando eles começaram a questionar a forma de como o homem pode viver no mundo respeitando o verdadeiro significado da ética ao impor padrões morais à vida, sendo que muitos deles foram criados pelo homem em nome de Deus e não por Deus, pois Ele deu ao homem a liberdade da consciência para que ele pudesse respeitar a si próprio e assim, alcançar a verdade que existe dentro dele.

A vida seria perfeita, se o que falássemos realmente pudesse ser posto em pratica, isso levaria o homem à perfeita consciência de praticar sempre bons atos em prol do seu próximo, pois a ética e a moral é o questionamento perfeito para retratar o caráter do homem nesse aspecto, mas ao mesmo tempo elas são complexas quando adentramos na forma como o homem pensa o mundo em que vive. Então vamos sair do que seria o ideal e entrar para realidade, onde o homem prega o valor do ato imposto pelo padrão, mas não o pratica no dia a dia. A partir desta linha de pensamento o homem poderia sim, repensar o ambiente em que vive e o tornando melhor, respeitando seus limites e os dos outros, não sendo perfeito, mas tomando atitudes imparciais e refletir sobre tudo.  É inegável reconhecer, mas quando o homem toma consciência do que ele pode e o que não pode fazer sem estar amarrado aos questionamentos morais da sociedade, ele dá um passo para o conhecimento e a pratica da verdadeira libertação do pensamento do mundo em que vive, deixando-o assim melhor para as gerações futuras.

Se você quer mudar o mundo, experimente primeiro promover o seu aperfeiçoamento pessoal e realizar inovações no seu próprio interior” 
                            Dalai Lama
 

Sunday, November 18, 2012

CIDADE DA BORBOLETA

É dolorosa a metamorfose para uma borboleta, que nasce larva, depois vira lagarta, e logo seu pequeno corpo se envolta na crisálida. Esse também é o tempo que temos em nossa forma humana, pois nosso nascimento é muito doloroso, o estágio da nossa vida é o aprendizado, nossa crisálida é construída em volta do que ensinamos, mas assim como a borboleta, por mais que voemos bem alto, às vezes não é possível alcançar o céu.                                                                                
Na simbologia a borboleta é representada de diversas formas, para alguns ela é o símbolo da rapidez e da inconstância, na psicanálise moderna ela é o símbolo do renascimento, em algumas culturas ela pode significar graciosidade e felicidade matrimonial, para outros, ela também pode ser comparada a um espírito voador que anunciam a morte, outro exemplo de símbolo é o ovo (crisálida) que simboliza a ressurreição. 
Em nosso tempo ninguém melhor do que Freddie Mercury para dar um novo significado a ela quando a descreveu na canção The Show Must Go On com a frase minha alma é pintada como as asas das borboletas”Mas o que importa isso?  O que acontece se o circulo é interrompido de forma brusca e violenta? Bom, essa é uma boa pergunta sim, antes de responder conversei comigo mesma e pensei “Se eu fosse Deus? O que eu faria?" Depois de muito meditar cheguei a seguinte conclusão: Nada! Para a humanidade foi dada o Don da escolha e somente a ela cabe fazer as escolhas e deixar que a borboleta continue a embelezar nosso jardim na terra, ou continuar com a estupidez de arrancar de sua crisálida a borboleta que está em transformação para a vida! Porque está escrito em uma das passagens bíblicas “vinde a mim os puros de coração, pois delas é o reino do céu”. Então cito as frases de reflexão que há nas letras das músicas da banda Queen, como exemplo dou novamente The Show Must Go On na parte que fala “de novo e de novo, alguém sabe pelo que nós estamos vivendo?. Volto atrás no tempo, exatamente nos anos 80, e observo a citação da canção em Innuendo. “enquanto nós vivermos de acordo com raça, cor ou credo. Enquanto nós formos comandados por loucura cega e ganância pura”.
Foto reprodução
Agora você pergunta-me: Que ligação há em tudo isso com o conflito recorrente de israelenses e palestinos? E eu respondo o seguinte: Nesse momento, liberta-se a borboleta do casulo vazio, escuro de transformação rumo a uma nova vida, ao verdadeiro céu.

              Tudo neste mundo tem o seu tempo; cada coisa tem a sua ocasião.
Eclesiastes 3

Sunday, October 28, 2012

ISSO É VIRTUAL?


TERRA DOS MENINOS PELADOS vem mostrar a importância da comunicação através do contato direto com a natureza, resgatando assim a referência da beleza do mundo real e o imaginário do contato humano entre as gerações, onde aquela, por assim dizer cansada de viver, encontra sua maneira de repassar as gerações novas, ainda inexperientes, mas cheias de vigor do valor da sabedoria de uma longa vida, que foi vivida e não apenas replicada pelo computador. O título “TERRA DOS MENINOS PELADOS” nasce dessa premissa, ou melhor, da nudez do homem sem a roupagem da sua alma singela e brejeira, e por que não dizer inocente, pura, perdida em algum momento entre o encantamento e desencantamento do mundo hoje pertencido somente às máquinas tecnológicas, estas por sua vez, frias e complexas que poucos sabem realmente seus mecanismos de funcionamento, posso ainda afirmar que não há lógica e não lógica de emoção e afeto. 
Produzir TERRA DOS MENINOS PELADOS com tema atual a partir de aspectos sociais e culturais, explorando de forma poética e exótica o comparativo da realidade urbana, interiorana, da fantasia e da preservação do homem imaterial. Este curta – metragem mostra a caracterização dos personagens, nos figurinos, na complexidade ao usarmos locações reais, no vai e vem frenético do cotidiano do dia a dia do grande centro e da vida simples das belezas naturais do interior do Amazonas que ainda é pouco explorado no cinema nacional. A estética visual do filme é carregada nas cores tendo como pano de fundo o verde da Amazônia que salta os olhos enquanto as imagens narradas são as lembranças vividas do personagem numa terra distante da sua realidade atual. A linguagem abordada é referência do homem urbano e do caboclo amazonense. O tema musical “Lamento de raça” do musico amazonense Emerson Maia é interpretada por Heloína Soares, o novo arranjo de autoria de Paulo Marinho é regida pelo Maestro Marcelo de Jesus da OCA. A partir da junção de ideias “Lamento de raça” ganhou a mistura da música clássica e moderna que pontua que somos brasileiros, independente de qual Região do país pertencemos.

JÁ NÃO SEI MAIS ONDE O MUNDO REAL COMEÇA E A FANTASIA TERMINA


Hoje, com o advento do computador e a quantidade de informações que se tem acesso através da internet, outros espaços de construção do conhecimento e das relações entre pessoas surgem e envolvem o desenvolvimento de homens e mulheres e sua relação com as novas tecnologias. Esquecendo o mundo real com sua troca de afetividade e vivendo o mundo virtual, frio, isolado e muitas vezes descolado do concreto.

O filme de curta metragem “TERRA DOS MENINOS PELADOS” foi produzido no gênero de ficção com temática para crianças e resgata o momento que está sendo modificado de forma vertiginosa no tempo presente devido às exigências da vida urbana e moderna, onde o stress, o sedentarismo, o consumo e o uso desenfreado da tecnologia das informações instantâneas da internet e das redes virtuais de relacionamentos ganham importância maior e ocupam todo o tempo, em detrimento de uma realidade vivida e cheia de experiências ricas de conteúdo e afetividade. 

Tuesday, July 24, 2012

CINEASTA DO MATO

Passei anos relutando para não criar esse personagem, mas depois de passar 10 anos entre produções e eventos na área do audiovisual, então decidi construir algo que fosse cômico, que estivesse dentro do contexto do que é filmar na Amazônia e que realmente fosse o reflexo daqueles que vão além do amor à sétima arte e fazem disso uma incansável obsessão, não só no sentido de se dar bem “isso é outra irrealidade”, mas no sentido de se atrapalhar todo. O meu maior desafio será escrever uma série de textos lineares “que não é o meu estilo” escritos sobre as aventuras de Bagê Convallis, personagem ficcional que filmou na Amazônia nos anos 90. 
Primeiramente apresento o personagem principal com uma imagem apenas ilustrativa, mas aos poucos ele será inventado e posteriormente escreverei as peripécias dele em episódio mensal que talvez tenha uns cinco post.  
Há muitas curiosidades sobre Convallis, uma delas é que ele não é louco, mas possui um problema de ordem pessoal, ele é bastante carismático, apesar de ser um exímio mentiroso e manipulador, também, enche-se de orgulho quando chama o biongo “de sua casa”, de um lado ao outro sempre está acompanhado da Dona Pretinha “filmadora analógica” e o celular Audivox que ele chama de Fuxico. Convallis não possui computador por isso escreve seus roteiros na máquina de escrever com teclado em espanhol, não posso deixar de citar que no biongo o telefone fixo é da década de 50, além de muitas das vezes está cortado por falta de pagamento ou quando a operadora está com defeito, mas que por incrível que pareça quando funciona fica melhor do que orelhão público, ele costuma dormi em uma rede atada a uma escapula na parede, pois ele diz que cama só serve para trepar, mas como não há cama em seu biongo, ele trepa mesmo no chão. Convallis tem outro hábito, o de falar sozinho, quando ele não está no set costuma dá piti, pois acha que sabe tudo “pelo menos ele acha” Convallis já chegou ao ponto de tomar a câmera do cinegrafista. Ele diz que tem 22 anos de cinema e fez 15 longas metragens, quando deseja conquistar uma mulher, e completa pedindo a ela que seja a próxima atriz do seu mais novo filme. Ele odeia as loiras e chama os gays de paca “eu nem sei qual razão desse adjetivo”, a marca registrada de Convallis está na frase: primeiro eu, segundo eu, terceiro eu, quarto quem eu quiser e quinto quem tiver coragem de vim. Para marcar o encontro com sua amiga e amante “casada” ele usa o código “Vavá tá carente”. O biongo também funciona como uma produtora fajuta, onde seu fiel assistente Tota o chama de mestre. É Tota que atende ao telefone no biongo enquanto Convallis finge conversar com produtores americanos no Fuxico e Tota diz: no momento Sr. Convallis não pode atender, pois está negociando uma produção hollywoodiana.       

Sunday, July 22, 2012

QUEM QUER SER TARANTINO?


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Quando ouço alguém chamar-me pela palavra “CINEASTA” eu paro e penso que essa pessoa está no mínimo me gozando, mas em seguida faço a pergunta que tanto me incomoda “você sabe o que é um cineasta?” e por alguns minutos a pessoa olha para sua própria testa na tentativa de desviar a pergunta, então percebo que resposta nenhuma eu terei.

A palavra “CINEASTA” é pomposa sim, enche de vaidade qualquer profissional da área, mas é preciso percorrer uma grande jornada para ganhar esse título de fato e de direito, no meu caso tenho o direito de exercer a profissão, mas o fato é que ainda estou há quilômetros de distância do domínio absoluto da linguagem do conhecimento do veículo que eu trabalho. Então agora vamos entender o que realmente é um cineasta.

Segundo o dicionário Michaelis, cineasta é a pessoa com sólidos conhecimentos da técnica e da estética cinematográfica, mas na pratica não é bem assim que as coisas funcionam, pois se fosse de dessa forma, ser cineasta iria caminhar somente para as duas vertentes descritas no Michaelis. 

Ser cineasta exige muito conhecimento? Sim, mas também exige domínio, disciplina, paciência, capacidade de convencimento, capacidade de liderança, perseverança, criatividade, dinamismo, firmeza, flexibilidade, habilidade para trabalhar em equipe, interesse pela natureza humana, ousadia, perfeccionismo, perfeição, senso crítico, senso estético, muita sensibilidade artística e equilíbrio entre o técnico e o artista para que possam vencer juntos qualquer dificuldade e limitação que sobreponha ao seu trabalho, pois não há como dissociar um do outro, ambos são os mesmos e querem as mesmas coisas. Ser cineasta é uma profissão que qualquer pessoa pode ter, mas poucos conseguirão levar até o fim, porque ser cineasta exige muita maestria, em suma, um cineasta pode ou não agregar valores imensuráveis aos seus trabalhos durante uma vida. 

Mas quanto a palavra “CINEMA” o que realmente significa?

Etimologicamente a palavra é de origem grega e significa “MOVIMENTO” é a técnica e a estética de fixar e de reproduzir imagens, é complicado estabelecer parâmetros da origem do cinema, mas a história começou a ser escrita com a criação do cinematógrafo pelos irmãos Lumière. 

Portanto, diante das explicações explanadas devemos sempre lembrar que o cinema é uma ferramenta cultural e uma arte esplendorosa, cheia de força e fonte de entretenimento no mundo todo, destinando-se ainda a educar os povos através do conhecimento da visão do mundo e de suas realidades.

                                                   Se você quer fazer um filme, faça-o. Não espere patrocínio, não espere circunstância perfeitas, simplesmente faça-o.” Quentin Tarantino.