Pela primeira vez uma obra chamou minha
atenção para buscar o porquê de uma menina roubar livros. Eu não quis ler
sinopse ou qualquer outro texto referencial publicado somente para deixar a
minha curiosidade sobre a questão bem viva, no entanto, me ative em saber que o núcleo principal da
história se passou durante a segunda guerra mundial. Os anos passaram, mas sempre que ouvia alguém
citar o título dele novamente eu ficava a imaginar um milhão de possibilidades,
pois o universo literário é assim, um verdadeiro mundo de possibilidades ou
não. E, depois de tanto tempo de curiosidade, finalmente comecei a lê-lo.
Logo no começo percebi que havia um viajante
narrador misterioso e que não era a protagonista, notei também que ele exercia
grande poder. Cada encontro com ele era marcado e outros nem tanto, às
vezes tais encontros também podiam ser antecipados, mas se isso acontecesse
seria contra a vontade dele. O viajante revelava tudo com seus mistérios,
e a recompensa para aqueles que o encontravam era serem recolhidos a um plano
ímpar e particular que somente ele sabe onde está localizado.
Os livros
que a menina roubou durante os primeiros anos de sua juventude foram a compensação
da esperança, da ilusão e do aprendizado meio a tantas incertezas. Por três
vezes Liesel encontrou o viajante misterioso, cada encontro era marcado por
lágrimas, dor e solidão, no entanto, na última vez que eles se encontraram, ela
teve de acompanhá-lo.