Passei anos relutando para não criar esse
personagem, mas depois de passar 10 anos entre produções e eventos na área do
audiovisual, então decidi construir algo que fosse cômico, que estivesse dentro
do contexto do que é filmar na Amazônia e que realmente fosse o reflexo
daqueles que vão além do amor à sétima arte e fazem disso uma incansável
obsessão, não só no sentido de se dar bem “isso é outra irrealidade”, mas no
sentido de se atrapalhar todo. O meu maior desafio será escrever uma série de
textos lineares “que não é o meu estilo” escritos sobre as aventuras de Bagê
Convallis, personagem ficcional que filmou na Amazônia nos anos 90.
Primeiramente
apresento o personagem principal com uma imagem apenas ilustrativa, mas aos
poucos ele será inventado e posteriormente escreverei as peripécias dele em episódio
mensal que talvez tenha uns cinco post.
Há muitas curiosidades sobre Convallis, uma delas
é que ele não é louco, mas possui um problema de ordem pessoal, ele é bastante carismático, apesar de ser um exímio
mentiroso e manipulador, também, enche-se de orgulho quando chama o biongo “de
sua casa”, de um lado ao outro sempre está acompanhado da Dona Pretinha “filmadora
analógica” e o celular Audivox que
ele chama de Fuxico. Convallis não
possui computador por isso escreve seus roteiros na máquina de escrever com
teclado em espanhol, não posso deixar de citar que no biongo o telefone fixo é da
década de 50, além de muitas das vezes está cortado por falta de pagamento ou
quando a operadora está com defeito, mas que por incrível que pareça quando funciona
fica melhor do que orelhão público, ele costuma dormi em uma rede atada a uma
escapula na parede, pois ele diz que cama só serve para trepar, mas como não há
cama em seu biongo, ele trepa mesmo no chão. Convallis tem outro hábito, o de
falar sozinho, quando ele não está no set
costuma dá piti, pois acha que sabe tudo “pelo menos ele acha” Convallis já chegou ao
ponto de tomar a câmera do cinegrafista. Ele diz que tem 22 anos de cinema e fez 15 longas metragens, quando deseja conquistar uma mulher, e completa pedindo a ela que seja a próxima atriz do seu mais novo filme. Ele odeia as loiras e chama os gays
de paca “eu nem sei qual razão desse adjetivo”, a marca registrada de Convallis
está na frase: primeiro eu, segundo eu, terceiro eu, quarto quem eu quiser e
quinto quem tiver coragem de vim. Para marcar o encontro com sua amiga e amante
“casada” ele usa o código “Vavá tá carente”. O biongo também funciona como uma
produtora fajuta, onde seu fiel assistente Tota o chama de mestre. É Tota que
atende ao telefone no biongo enquanto Convallis finge conversar com produtores americanos
no Fuxico e Tota diz: no momento Sr.
Convallis não pode atender, pois está negociando uma produção hollywoodiana.