Quantos presos neste instante
estão cruzando o corredor frio e cinzento de uma insólita prisão no mundo? Quantas
vezes o justo pagou pelo pecador ou pelo injustificável? Quantas almas já foram
tiradas do mar da inocência sem direito a devolução? E se a pele for negra? A
condição social for paupérrima? E se for desprovido dos seus direitos? Quantos?
Quantos?
"Não dá para esquecer o que tem no coração."

"Ele as matou por causa
do amor, do amor uma pela outra. Agora você sabe como. É assim todos os
dias. É assim em todo o mundo."

Paul Edgecombe, já idoso relembra no asilo das experiências na penitenciária de Cold Mountain e das diversas histórias do corredor da morte, até conhecer John em 1932. A morte das gêmeas Detterick e a condenação de John trouxe a reflexão de debater até onde podemos interferir nos mistérios de Deus e ter a consciência do dever cumprido ao ver um prisioneiro morrer pelas próprias mãos por ser culpado de um crime e ainda por ser negro.

“E você... Você também vai morrer. E minha maldição é saber que vou estar lá pra ver. É minha expiação, entende? É minha punição por deixar John Coffey ser eletrocutado. Por matar um milagre de Deus."
Todos os dias, de alguma
forma alguém mata o milagre de Deus, seja ele por recusar o verdadeiro amor, ou simplesmente por ignorar a verdade, assim como também assassina a inocência através do julgamento e da condenação sem dar o direito a uma defesa justa.