Um
dia dentro desse espaço de Tempo estarei em outro plano de evolução como muitos
de vocês sem as lembranças da existência. Melhor assim! Sem as recordações de
quem fui nessa breve passagem pela Terra.
A
boa saúde mental, física e espiritual desenvolvida ao longo das décadas me fez
perceber que ser passageiro da agonia faz parte do aprendizado e desprender-se,
mesmo não sendo uma tarefa fácil, é ter resiliência e persistência no dia a dia.
Ah! Se o ser humano aceitasse o
abreviado Tempo da vida, procurasse usar cada gota dela ofertada e utilizasse apenas
o suficiente sem o desespero do apego, certamente, a dor seria suportável.
Por séculos a humanidade hierarquizou céu, terra e inferno, mas no Agora do Futuro ela terá de ser uníssona no objetivo de sobrevier ao que lhe resta do Tempo. Ou a humanidade, quiçá irá furta-se da vida coesa para prosseguir na guerra até que o último sobrevivente cometa o ato heroico de apagar a luz e fechar a porta. Talvez não chegue a tanto, de qualquer forma, o drama é a pimenta dos nossos olhos, pois ela é capaz de fazer a emoção transbordar do âmago com mais facilidade.
Passado então 100 ou 200 anos no Agora do Futuro questões relacionadas como: diversidade, identidade, classe, ideia e até o nome de Deus não fazem mais sentido. Por certo, a luta pelo poder também não tem mais razão. Tudo ficou no Pretérito. A língua é uma só e as fronteiras não mais existem.
No Pretérito o pensamento da humanidade era planejar, criar, procriar, recriar, expandir – tudo no infinitivo – e também destruir qualquer coisa ao redor de si própria. Acredito que no Agora do Futuro a máquina faz quase tudo pela humanidade. Não tenho nada contra a máquina, na verdade, admiro a inteligência de quem inventa, constrói e moderniza.
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